segunda-feira, 18 de julho de 2011

Toda e qualquer palavra

Em primeiro lugar, gostaria de pedir permissão ao Marcus para "me encher de mim mesma".

Poucas pessoas sabem que eu simplesmente não apreciei um dos maiores ritos de passagem para a vida adulta: o ingresso na vida universitária. Acho que talvez só a minha terapeuta tenha dimensão do que foi a frustração de passar no vestibular. Todo mundo comemorando e a gauche (fã do Drummod na época) chorando. Bem... eu devia saber que alguma coisa tava muito errada naquilo tudo.

Mesmo às avessas sabor.

Vazia (palavrinha que anda atormentando a minha vida nos últimos tempos). 

VAZIA.

Toda a chuva passou a ser oblíqua.
Todo o Uruguai me lembra o Guillermo.
Todo a palavra me lembra do seu significado, do seu significante e da arbitrariedade.
Toda verossimilhança é construída.
Toda gramática histórica me lembra de como eu gosto de história e da evolução das palavras.
Todo latim est útil e lindo.
Toda leitura é uma recriação.
Toda coerência é baseada em conhecimento externo, unidade semântica, progressão temática, não contradição e na clara relação entre os termos.
Toda palestra me lembra de pedir certificado.
Todo suco de morango me lembra o fim do período.
Toda a pedagogia me dá sono.

Meus sinceros agradecimentos a:
Marcus Motta, Guillermo Giucci, José Carlos Barcellos, Carmem Lúcia, Zinda Vasconcelos, Victor Hugo, Carlinda Pate, João Cézar, Denise Brasil, Rodolfo (de Magistério: Carreira e Mercado de trabalho), professora maluca de psicologia da educação que gritava com os alunos para não chamarem ela de professora, Bruno Deusdará, André Valente, Nícia de Andrade, Tedesco, Dulce, Jason Campelo.

13 comentários:

Li disse...

Cadê o momento agradecimento e de encheção de mim mesma do ego alheio? Vou clicar no nada a declarar. Mas eu sei o que é isso. E o nome da professora maluca é Regina Carrancho. E o Bruno Deusdará só achava legal, a matéria dele é um saco. Tedesco? Eu agradeceria tacando um livro na cabeça dela e fazendo ela ser estagiária e dar aula sozinha na turma por 6 anos. hunf. Mas eu lembro que não fiquei feliz quando passei. Eu pensei quando vi meu nome no jornal: é isso? a vida estudando pra ter um nome espremido com milhares de outros numa nota de jornal? Que vida medíocre.

E vou clicar no nada a declarar. Tô ofendida.

Li disse...

E sem falar que eu tô sozinha pra todo o sempre amém agora. Forever alone. Só, jogada, abandonada num canto de sala ao relento dos alunos pseudocults caçadores de certificados e de títulos.E é a terceira vez na vida que vc me abandona. Não te perdoo. O Moska disse que essa é a última solidão da minha vida. Se ele estiver errado, processo, que agora eu sei gritar.

Garota do instante disse...

Alguém fala para Li que esse aqui é o meu blog ? ¬¬

Eu sempre achei engraçado a declaração de "nada a declarar".

O Bruno não me influenciou em sala de aula, mas gosto da postura dele. Afinal, Linguística aplicada ao ensino da língua materna é entediante mesmo. Sim, Tedesco.

Não vi meu nome no jornal.

Bem, você tirou férias em pleno semestre em 2010. Ficar sozinha agora foi uma opção. Como dizia aquele filme: "As pessoas não se separam, elas se abandonam." Assim é o mundo.

Anônimo disse...

Não sei porque a tal li gosta de vc, criatura fria e gélida. Você é má. Vc devia ter criado uma reação "saia da sibéria e seja um net", no seu caso "saia da rússia". hunf. vou falar pra ela não vir mais aqui.

Li disse...

É isso aí, esculacha. No blog da Li tem coisas outras. Mas é isso. Escolhi essa.

Lilianny disse...

Faltou agradecer à Márcia, melhor que a Tedesco. E a professora maluca Liliane, de filosofia da educação, lembra? ainda bem que não tive esse destino :)

Li. disse...

E eu continuo sendo gauche e fã do Drummond, só esqueço de ler ele. "quando nasci veio um anjo safado, o chato dum querubim,que decretou que eu tava predestinado a ser errado assim, já de saída minha estrada entortou,mas vou até o fim" ah, não, esse é o Chico. É que essa lua... esse conhaque (de maracujá) botam a gente louca...nem sei dizer.

Garota do instante disse...

A Márcia foi escrota comigo no dia da minha aula, não falei ?

Soma-se a isso o fato dela nunca ter me dado nenhum direcionamento para nada.

Não lembro dessa professora de Filosofia da Educação. Era aquela da turma do Jairo ?

Esse trecho do Drummond no original me lembra um certo professor cujo nome não quero mencionar...

Talvez esteja aí a minha decepção drummondiana.

N.

Lila disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lila disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lila disse...

Falou mais ou menos.
Sempre temos a mania de punir disciplinas e poetas por conta de professores ou leitores ruins. Ou nada ou todos juntos.

A Liliane foi acho que a primeira matéria que fizemos no 12ª, junto com Psicologia da Educação, eu acho, com aquele professor doido (tentamos pegar a Carrancho e não conseguimos). Ela era meio Masé, louca, cabelo preto,grande e liso e usava roupa esquisita. Não dava aula, fazia um monte de seminários e todo o conteúdo estava na apostila que ela montou. Eu lembro que tinha alunos de filosofia lá. A única coisa boa da apostila foi ter aprendido que a educação tem uma finalidade prático-poiética. Foi o único texto que eu li. Não lembro se foi tema do nosso trabalho, talvez tenha sido esse. Lembro que tinha o Kant.. porque usamos uma definição do Houaiss (pq n entendemos nada do texto). O único seminário dela que eu lembro foi de uma menina falando sobre a filosofia tacava maçã na cabeça do aluno. Achava tudo muito engraçado e sem sentido.
Até hoje eu não sei explicar o que é prático-poiesis. Mas adoro esse nome. É bom só ter desconfianças assim (somente nesse caso)

Loser disse...

Aff, sua vaca.

S2

Lila disse...

eu também acho vaca. o nietzsche outro dia disse que a mulher era uma vaca, e eu colei uma nota de xingamento em cima disso. precisei ler o Thomas Mann e assistir caminho das índias pra entender que não era uma ofensa. :)