Foda é quando a música que toca no rádio a qual nos identificamos é a do Jorge Vercilo. A ironia não podia ser melhor nessa situação. Meu acúmulo planetário tentou me alertar disso tudo – esse não-relacionamento que viveríamos. Eu, que li Shakespeare e Pessoa, que não me emocionava com as histórias clichês de amor da televisão. Tá bom. Me emocionava, mas só um pouquinho. E, diga-se de passagem, era emoção por emoção. Não apelava para o meu lado criadora experiente e crítica voraz das relações humanas.
Tá aí: rendida ao Jorge Vercilo. Devo estar na TPM para me identificar com algo tão ruim: Jorge e você. O Jorge... ah! Tudo bem. O Jorge nunca me deu a ilusão de ser meu, o Jorge nunca me excitou com um beijo na nuca, nem ficou em silêncio quando eu precisava de palavras gratas.
Você – objeto da minha idolatria insana – só precisava me dar um pouco mais, mostrar-se um pouco mais. Fazer tudo o que eu não fiz com os outros caras, além de você.
7 comentários:
Garota do Instante...
Muito bom, seu novo texto...
Interessante, saber que você brinca assim com o alheamento. Que tenta alhear o que é seu e retomar o que não conhece.
Um dos resultados óbvios disso tudo é a criação de algo novo. Um jogo. Um lance de dados que não abole o acaso. Uma vida nova que sofre a outros.
Grande beijo e continue na jornada. Ela é de todos nós.
Auto-sabotagem é a coisa mais comum em pessoas como nós, meu bem. Loucas? Tá, pode ser, mas em se tratando de mulheres (e capricornianas) tá tudo em casa =) Tá,esquece o horóscopo, efeito de uma conversa de telefone que acabei de ter.
Não posso deixar de retrucar seu pseudo-desprezo pelo Jorge, você já se rendeu a ele tem um tempão e eu não vou nem te dizer quem é o responsável por isso que é pra não comprometer. Jorge vai do clímax ao pior clichê, e daí? A vida da gente não é isso mesmo? Mas sempre teremos Paris (pelo menos enquanto nossa capacidade de idealizar tudo reinar em nossas vidas), idealize à vontade e diga que a sua (nossa) vida é algo muitíssimo original,que os outros é que copiam depois,como os filmes do Bogart...
Falando em Jorge, entre devaneios e veraneios, estamos sempre aí.E espero que você esteja sempre aqui também,adoro quando escreve.
Ah,tá, toda essa conversa desconexa é fruto de muito sono, amanhã nem vou me lembrar disso,então,não considere minha insanidade,ok? rsrs
U-au. Bem q Lilianny falou q o txt era muito bom.
Salve Jorge (Vercilo)!
Não tenho idéia de quanto esse post ainda é real no seu universo, mas vamos comenta-lo...
Estranho não é se render a uma simples música imaagino. Estranho é construir muralhas e se defender das coisas q mais pode lhe afetar (como seu shakespeare ou pessoa) e descobrir q de nada lhe adiantou né?? Que oq menos achou q poderia acontecer, aconteceu e q sua muralha tão bem trabalhada de nada lhe serve. Imagino q seja apenas seu sentimento querendo dar uma volta, já q a hora parece propícia para ele se mostrar.
Quanto a auto-sabotagem, isso não posso comentar muito, pois sofro do mal e portanto não aprendi a curar. Acho q quero (ou queremos) ter oq não podemos pelo simples fato de ler ou ver muitos romances, q deixam impregnados as memorias das ideias irrefutaveis q simples é descartável e o complexo valerá a pena. Algo lúdico talvez.
Não sei se oq falei faz sentido ou não, mas queria comentar e disse q iria... demorei mais vim.
bjs tasha
Concordo.. você tem toda razão! Nossa, você conseguiu descrever algo que já senti como eu não conseguiria explicar jamais!
Só pra constar que até a autosabotagem mudou de roupa e eu continuo vestindo os mesmos velhos tratpos.
Postar um comentário